Categoria: Vértice Sociológico

  • No labirinto dos arquivos (V.3, N.12, 2017)

    No labirinto dos arquivos (V.3, N.12, 2017)

     Desaparecido por muito tempo, finalmente retornei para o “Vértice Sociológico”. Devido a essa ausência, preciso me justificar: fiquei ocupado com a escrita do texto da qualificação. Confesso que o resultado não foi dos melhores. Ainda não passei pelo exame, mas tenho esperança que conseguirei sobreviver a esse rito de passagem. Aliás, é apenas o rito precedente ao grande cerimonial chamado defesa de tese. Esse tema fica para uma futura postagem. Quando a pesquisa me desorienta, este sim é o tema da postagem, entro no labirinto dos arquivos para encontrar respostas.

  • Imagens do Brasil: populações indígenas

    Image result Nas imagens do Brasil, um dos ângulos menos visados é o das populações indígenas. Os autores de livros “clássicos” do pensamento social, como “Casa-Grande & Senzala” (1933),”Raízes do Brasil”(1936) e “Formação do Brasil Contemporâneo: colônia” (1942), pouco interpretaram os lugares ocupados pelos “aborígenes” (termo recorrente na obra de Caio Prado Junior) na organização social e na formação da sociedade brasileira. Em termos de políticas do Estado, ao lado de órgãos como o (extinto) SPI e a Funai, as instâncias do IBGE possuem certa autonomia na construção de tipos classificatórios que demarcam os grupos mediante critérios étnicorraciais, o que certamente é motivo de polêmicas e disputas políticas nos recenseamentos.

  • Encontrando Fanon

    A obra de Frantz Fanon, intelectual nascido na Martinica, é uma das mais relevantes para se entender a circulação de ideias no contexto de intensificação dos movimentos de independência na década de 1960. Quais territórios na África proclamaram autonomia política frente aos impérios coloniais a partir da segunda metade do século XX? Em 1957, cinco anos depois da publicação da primeira edição de “Pele negra, máscaras brancas”, Gana se livrou do domínio político e militar britânico. Camarões obteve a independência em 1960, mesmo ano da autonomia conquistada por Nigéria, territórios que compunham a África equatorial francesa, Sudão Francês (que viraria o Mali), Somália, Madagascar e outros países.

  • Brasil, anos 1950: verniz da transformação

    Em um intervalo de 40 anos, o panorama intelectual brasileiro foi agitado por diferentes frentes: publicação de “Populações Meridionais do Brasil” de Oliveira Vianna (1920), fundação do PCB e do Centro Dom Vital, realização da Semana de Arte Moderna (1922), Manifesto Regionalista e Primeiro Congresso Brasileiro de Regionalismo (1926), Manifesto Antropófago (1928), a organização de instituições culturais como o Departamento de Cultura (1935), o I Congresso da Língua Nacional Cantada (1937). A lista é longa, mas somente quero ressaltar que ao final do anos 1950, um novo livro de Freyre esboçaria novamente o desejo de interpretar os processos sociais no Brasil: “Ordem e Progresso”.

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